Wednesday, June 24, 2009

O uso (e o mau uso) de tipografia de época no cinema

Imagine um filme com uma história que se passa em 1950. As fontes (tipos de letras) que aparecem teriam que ter sido criadas até esta data certo? Bom, isso nem sempre acontece e o estadounidense Mark Simon escreveu um excelente artigo sobre este tema, mostrando os filmes que fizeram um bom ou um mau uso da tipografia de época.

Um exemplo seria o filme Chocolat (2000, Miramax) "que se passa numa pequena cidade provinciana da França, em meados dos anos 50. Lá pela metade do filme, o prefeito da cidade distribui notificações proibindo qualquer um de comer qualquer coisa além de pão e chá fraco durante a Quaresma (o que, é claro, coincide com a abertura da nova chocolateria). Quase ri quando mostraram um close da notícia. A manchete estava escrita em ITC Benguiat, um tipo lançado em 1978 e muito popular nos anos 80."


E em Dead Men Don't Wear Plaid (1982, Universal Pictures) que se passa na década de 40, "uma cuidadosa atenção foi reservada aos detalhes. Contrataram inclusive a veterana designer de moda de Hollywood, Edith head (trabalho pelo qual ela ganhou um Oscar depois) e criaram cenários e iluminação para mesclar a métrica existente dos filmes clássicos. O filme recebeu vários elogios por essa atenção aos detalhes, mas com certeza ninguém mencionou o uso da Blippo, um tipo pop-art dos anos 70, no panfleto do cruzeiro."


O artigo original (em inglês) contém outros exemplos muito interessantes. Se você não é familiarizado com o idioma, leia traduzido no site ww.grito.com.br.

2 comments:

  1. Oi!
    Minúncias que ajudam um filme (sendo ele já bom, claro)a ficar impecável né?!
    Bacana o artigo!
    Beijos!

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  2. Interessante o artigo!
    Faz todo sentido. Certa vez tive que fazer o logotipo de uma padaria centenária aqui de São Paulo. Tomei o cuidado de pesquisar as fontes e suas épocas, justamente para não cair no mesmo equívoco.

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